Personagens:
Juiz
Advogada de defesa
Advogada de acusação
Criminosa
Testemunha 1
Testemunha 2
Local: Fórum
O juiz entra e se acomoda em seu
lugar (mesa que está no centro da sala). Alguns instantes depois a
advogada de acusação entra e senta na mesa que está a esquerda da
mesa do juiz. Depois advogada de defesa entra e senta na mesa que
está a direita da mesa do juiz.
JUIZ – Vamos dar início ao
julgamento.
Advogada de defesa levanta-se.
ADVOGADA DE DEFESA – Peraí!
Peraí senhor juiz! Antes tenho que retocar minha maquiagem!
(Ela abre sua bolça, tira um
espelho e um batom, passa-o rapidamente e deve-o em sua bolça).
ADVOGADA DE DEFESA – Agora
sim, senhor juiz! Pode começar!! (Ela senta em seu lugar novamente)
JUIZ – Que entre as
testemunhas!
Testemunha 1 e Testemunha 2
entram. Testemunha 2 senta e cruza as pernas para se exibir. Enquanto
a testemunha 1 entra e senta seriamente.
JUIZ – Que entre a criminosa!
Neste instante começa a tocar a
música da pantera cor de rosa e a criminosa entra andando rebolando,
com uma minissaia e batom vermelho, deixa cair sua bolça em frente
ao juiz e agacha para pegá-la, o juiz arregala o olho e ouve-se um
assobio.
CRIMINOSA – Desculpe-me pelo
desajeito, senhor juiz...
JUIZ – Sente-se.
O juiz bate seu martelo.
JUIZ – Vamos ouvir a versão
da advogada de acusação.
Advogada de acusação
levanta-se, posiciona em frente ao juiz e coloca a mão em cima do
livrinho que estava em cima da mesa do juiz.
JUIZ – A senhorita promete
dizer a verdade, somente a verdade?
ADVOGADA DE ACUSAÇÃO –
Prometo.
Ela volta para seu lugar, mas
fica em frente a sua mesa e de pé.
ADVOGADA DE ACUSAÇÃO – A
criminosa aqui presente, foi pega em flagrante roubando...
JUIZ – Mas o que ela roubou?
ADVOGADA DE ACUSAÇÃO –
Hum... O senhor tem certeza que deseja saber?
JUIZ – Você é uma advogada
ou não? Se for apresente seus argumentos!
ADVOGADA DE ACUSAÇÃO – Ela
roubou este... (ela abre sua bolça e de dentro dela retira uma
sacola transparente lacrada) PAPEL HIGIÊNICO!!!!!!!!!
ADVOGADA DE DEFESA – Protesto!
Minha cliente estava apenas com muita dor de barriga por comer muito
doce!
ADVOGADA DE ACUSAÇÃO –
Protesto! E foi justamente estes doces que ela roubou semana passada!
JUIZ – Aquete-se advogadas.
Agora dou a palavra para a advogada de defesa.
ADVOGADA DE DEFESA – Obrigada,
senhor juiz!! (Ela se levanta e posiciona em frente do juiz, coloca a
mão em cima do livrinho).
JUIZ – A senhora promete dizer
a verdade, somente a verdade?
ADVOGADA DE DEFESA – Sobre
aquele assuntinho particular nosso... (ela pisca o olho para o juiz)
Não posso dizer não!!!
JUIZ – Aqui é local de
trabalho! Respeite-me!
ADVOGADA DE DEFESA –
Desculpe-me!!! Prometo dizer a verdade.
Ela também se posiciona em
frente a sua mesa.
ADVOGADA DE DEFESA – Minha
cliente roubou tudo aquilo, pois ela é muito pobre, inocente,
humilde e muito trabalhadeira. Olhe só para ela!
Todo mundo olha para a
criminosa, ela se levanta e faz cara de “cachorrinho sem dono”.
ADVOGADA DE DEFESA – Com isso
encerro minha fala.
JUIZ – Para darmos o juízo
final, vamos ouvir mais dois depoimentos. Que venha a primeira
testemunha.
Testemunha 1 vai para frente do
juiz, coloca a mão no livrinho.
JUIZ – A senhora promete dizer
a verdade, somente a verdade?
TESTEMUNHA 1 – Prometo.
Ela faz o mesmo que as advogadas
(ou seja, ela volta para seu lugar, mas fica em frente a sua mesa).
TESTEMUNHA 1 – Eu estava no
meu supermercado, quando o Joaquim me disse que uma loira doida havia
roubado um pacote de papel higiênico. E isto Meritíssimo é tudo o
que eu sei.
JUIZ – Obrigado. Pode voltar
para seu lugar. Que venha a testemunha 2.
Testemunha 2 vai para frente do
juiz. Tira de dentro do decote do vestido um cartãozinho e uma nota
de dois reais.
TESTEMUNHA 2 – Olhando de
perto... Até que o senhor é bem gatinho, hein?
Entrega-lhe o cartãozinho rosa
e perfumado e o dinheiro para o juiz.
JUIZ – A senhorita está
tentando me subornar com uma nota de dois reais?
TESTEMUNHA 2 – Não senhor!!!
Isso é só o dinheiro para a passagem!
JUIZ – Mas passagem para o
que?
TESTEMUNHA 2 – Para me fazer
uma visitinha lá no meu apê!
ADVOGADA DE DEFESA – Protesto!
Ele é meu homem!
Testemunha 2 e a advogada de
defesa começam a brigar.
CRIMINOSA – Parem com isso
suas sirigaitas!!!
A criminosa separa as duas,
advogada de defesa volta para seu lugar.
JUIZ – Obrigado senhorita.
CRIMINOSA – De nada.
JUIZ – Vamos prosseguir com o
julgamento. A senhora promete dizer a verdade somente a verdade?
TESTEMUNHA 2 – Prometo. Eu
estava lá no supermercado namorando com o Joaquim, quando... Ó!
Quer dizer eu... eu... eu... tavaaaaaaaa...... Acho que não estou me
sentindo bem....
Testemunha 2 começa a fingir
que está desmaiando, testemunha 1 segura ela.
ADVOGADA DE ACUSAÇÃO –
Uuuuuuu!!! Falsa!!! Para de fingir!!!
JUIZ – Retire-a. Por motivo da
condição física vamos anular o depoimento da testemunha 2. Antes
de dar o juízo final, vamos ter um intervalo.
Todos saem de cena.
Neste instante entra o Juiz e a
Criminosa, os dois ficam cochichando, algum instantes depois o Juiz
coloca uma placa na frente deles, e nela está escrito CENSURADO,
criminosa levanta uma perna. Abaixa-se a placa e os dois saem de
cena.
Entra em cena a Criminosa e sua
advogada de defesa conversando, advogada de acusação e testemunha
1. Depois entra o Juiz (sozinho).
Ele se posiciona, bate o
martelo.
JUIZ – Silêncio no tribunal.
JUIZ – Vamos rever todos os
depoimentos.
ADVOGADA DE ACUSAÇÃO – O
primeiro depoimento disse que a criminosa havia roubado papel
higiênico e doces, o segundo disse ao contrário, o terceiro disse
que uma loira doida havia roubado mas não há provas e o terceiro
não pode dar seu depoimento.
JUIZ – Eu, Gabriel Vital,
decreto que a julgada Karine Coelho é inocente.
Todos batem palma. Ex-criminosa
abraça sua advogada de defesa.
Criminosa sai de cena abraçada com o juiz vira para tráz e diz:
CRIMINOSA - É ganhei mais uma! Enganei o boboca do juiz!!!!
Ela sai rindo. Todos saem de cena.
Fim!!!
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